Lendo um texto da Atleta e Parceira, Marília Coutinho, acabei arranjando um tema para desenvolver um post sobre o assunto.
Qual combustível você anda utilizando em seu MOTOR?
Sim, MOTOR... Já viu sistema mais fascinante que o CORPO HUMANO???
O homem ainda não conseguiu desenvolver uma máquina capaz de durar tanto tempo e ainda ter um bom funcionamento, lógico que isso depende de cada um e do tipo de vida que a pessoa leva.
Se quiser viver na FARA e tocar o FODA-SE para tudo, aí a culpa não é do equipamento (corpo) que vai avariar cedo e sim do seu ESTILO DE VIDA.
Mas, como esse é um espaço de pessoas que curtem um estilo de vida no qual os Treinos e Alimentação estão sempre em primeiro plano, não vou entrar no mérito de quem não cuida ou abusa do corpo.
Quais tipos de Alimentos podemos usar como Energia???
O mais conhecido e mais usado por pessoas normais e por uma parte dos esportistas, são os Carboidratos. Podendo ser eles de Baixo Índice Glicêmico e de Alto Índice Glicêmico.
Introduzido há muito anos no cardápio alimentar de todos os povos do nosso planeta, os Carboidratos são a fonte de energia mais usada. Mesmo que a maioria das pessoas não tenham a mínima noção da função deles para o nosso organismo, é visto como o acompanhamento indispensável para todas as refeições o Arroz, Macarrão e até os Pães.
Você leram o que eu disse!!! Os Carbos foram introduzidos há muitos anos, e não podemos esquecer que mesmo parecendo muito tempo, ainda nem se compara com os séculos que o ser humano usou a gordura animal e outros alimentos como fontes de energia. Isso mesmo... Na pré-historia não existia pratinho de arroz com feijão, trigo e outros alimentos que hoje vejo com muita tristeza. Alimentos que sofreram mudanças drásticas em laboratórios e hoje começam a nos mostrar sua verdadeira face. Antigamente ao comprar um quilo de feijão sempre vinham alguns "brindes" (carunchos, bichinhos), lembro que minha mãe e até eu mesmo depois casado, ficavamos bravos, mas mal sabíamos... Como era melhor com eles!!! Hoje não encontramos mais esses bichinhos, só que o preço que pagamos é muito alto... Pagamos com nossa SAÚDE.
Voltando à pré-historia kkkkkk, naquela época dependendo da região, alguns tinham muita caça, outros raízes, frutas e etc...
Somos indivíduos com particularidades distintas, alguns funcionam bem usando os famosos Carboidratos e conseguem tê-los como base alimentar, levando uma vida ou estilo de vida com dietas apenas reduzindo seu consumo. Agora temos pessoas que depois de muitas tentativas acabaram percebendo que não conseguem dar tudo de si fazendo uso do Carbo como combustível, e funcionam otimamente reduzindo consideravelmente o consumo de carboidratos e usando como fonte de energia, a gordura.
GORDURA!!!
Isso mesmo... Gordura! Existe alguns motivos que levam uma pessoa a buscar essa fonte de energia, podendo ser por um estilo de vida ou por imposição do próprio organismo. Adeptos da dieta low carb ou Paleo diet, assim como a Atkins, Dunkan, entre outras, consomem elevadas quantidades de proteína com gordura animal ou não, sem causar males à saúde.
Esse assunto é muito vasto, melhor falar mais sobre ele em outro post.
Gorduras de Fonte Animal:
Agora temos várias pessoas já pensando que nunca mais irão limitar o consumo daquela gordurinha da picanha do churrasco no final de semana. E essa é uma das ruins, o mesmo acontece com bacon ou outras gorduras desse gênero. Agora temos a gordura encontrada em peixes, ricas em omega 3
Mas, não se engane! Hoje temos vários atletas de força usando gorduras como fonte de energia e não só tendo o consumo de origem vegetal e sim TUDO.
A maioria não sabe, mas não são só nossos carros que tem a função FLEX, nosso organismo também consegue trabalhar usando os Ácidos Graxos e a Glicose (Gorduras e Carboidratos).
Para deixar esse Post com mais base e credibilidade, trouxe uma Amiga e também Atleta e Nutricionista para dar uma força e ajudar no assunto.
Stefanny Costa.
FONTES ENERGÉTICAS
Vamos retomar...
Quando falamos em combustível energético lembramos prontamente dos carboidratos, fonte primária de energia que nos fornece 4 calorias em cada grama desse nutriente. O termo
carboidratos denota hidratos de carbono. Estes podem ser divididos em três classes principais de acordo com o número de ligações ou “tamanho” das moléculas: monossacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos. Ficou complicado né? (risos). E o que interessa o número de ligações dessas moléculas? Quanto menos ligações um carboidrato tiver, mais rápido ele será metabolizado. E a importância disso é saber justamente quando e quanto de determinado alimento fonte de carboidrato podemos consumir a fim de evitar quedas bruscas de glicemia.
Já os lipídios (gorduras) são nossa maior reserva energética e cada molécula fornece 9 calorias por grama. São classificadas de acordo com o tamanho da molécula em triglicerídeos de
cadeia curta, triglicerídeos de cadeia média – TCM (esse seria interessante falar em um post à parte) e triglicerídeos de cadeia longa. São classificados de acordo com o tipo de ligação em
gordura saturada, monossaturada e poliinsaturada. Tá difícil? Vamos simplificar: As gorduras saturadas são aquelas que são sólidas em temperatura ambiente e estas devem se consumidas
em menor quantidade que as gorduras insaturadas, pois o consumo das gorduras saturadas em excesso leva ao aumento do LDL (“colesterol ruim” quando em grande quantidade na
corrente sanguínea). Já as gorduras insaturadas são aquelas que são líquidas em temperatura ambiente e também são encontradas em oleaginosas, como castanhas, nozes, linhaça, entre muitas outras. Estas devem ser consumidas em maior quantidade quando comparadas com as gorduras saturadas, pois são elas que aumentam e mantém os níveis de HDL (“colesterol bom” que protege nosso coração e deve estar dentro da faixa normal recomendada, nem mais, nem menos).
Certa vez, discutindo sobre alimentação com um colega de trabalho e pesquisador da Universidade Federal de Alagoas, voltamos no tempo quanto à alimentação e real necessidade
energética do ser humano. Na verdade é bem complexo generalizar, visto que cada um de nós gasta energia com atividades diferentes, em horários diferentes e de formas bem
diferentes. Alguém aqui já parou para estudar (falo de estudar mesmo, concentração e assimilação de conteúdo) quando em dieta com baixo carboidrato? Eu já. Não, não é nada fácil. Isso porque o cérebro é o maior consumidor de glicose, mas que se adapta com o tempo a dietas cetogênicas que são justamente essas dietas com baixo carboidrato, onde a principal fonte energética agora serão as gorduras e não os carboidratos. Imagine que você ficou sem carboidrato durante 24 horas e que sua reserva hepática de glicogênio já está nas últimas.
Nós temos células que só funcionam com carboidrato, a exemplo dos eritrócitos (células vermelhas do sangue) e como terá pouco carboidrato disponível esse “restinho” é direcionado justamente para as células dependentes. Eis que nosso corpo começa a degradar músculo por um determinado período para fazer energia, mas percebe que precisa parar, pois dessa
forma irá morrer em algumas horas. Aí ele lembra que tem uma grande reserva energética:
o tecido adiposo (células de gordura) e começa a tirar a energia de lá. Até chegar a esse momento já se foram umas 64 a 72 horas. Exatamente. Todo processo fisiológico acontece por
etapas e quando buscamos alguma mudança fisiológica precisamos ter paciência. E era assim que nossos antepassados sobreviviam: de reservas energéticas e alimentação moderada em carboidrato (geralmente das frutas que encontravam) ricas em proteína e gordura saturada (geralmente das carnes). Ou vocês acham que eles catavam a gordura da carne como fazemos hoje? (risos).
Já que não podemos generalizar e estamos aqui apenas para esclarecer alguns fatores, o ideal é adequar as fontes energéticas ao seu estilo de vida e não ZERAR carboidrato como muitos fazem achando que estão fazendo uma coisa boa. Zerar carboidrato não é fazer dieta. Dieta é saber o equilíbrio da necessidade de cada indivíduo. Haverá momentos do dia que você vai precisar de mais carboidrato e outros momentos menos: desjejum, pre e pós-exercício, por exemplo, são momentos onde a demanda energética é maior pode entrar um pouco mais de carboidrato. Nos demais horários do dia, a depender de como é sua rotina, esse carboidrato pode ser bem reduzido já que a demanda energética não é tão alta.
É importante saber como seu corpo funciona melhor. Preste atenção no que você come e o que te faz sentir bem (ou não) e assim você terá como se guiar na hora de escolher determinados alimentos e a melhor hora de consumí-los.
E para quem busca performance, saúde e resultados (sim, aqueles resultados que todos esperam, mas é difícil de aparecer), sugiro que procurem um nutricionista comprometido para te auxiliar nesse “mapeamento” e planejamento dietético que até pode parecer simples em termos gerais, mas que é muito mais complexo do que vemos por aí.
Aceitamos sugestões para podermos discutir outros temas com vocês e de antemão já agradeço a oportunidade de compartilhar um pouco desse mundo fantástico da nutrição.
Abraço a todos e bons treinos! ;)
Stefanny Costa - Atleta Figure e Estudante de Nutrição na Universidade Federal de Alagoas.
Blog Força Total
VLW BOM MUITO BOA A SUA EXPLICAÇÃO...ABÇS..BARBOZITO..
ResponderExcluirMuito boa a expliçao muitos parabéns.
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